Críticas e soluções do Rio São Francisco
Críticas
O projeto
de transposição do Rio São Francisco é um tema bastante polêmico, pois
engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que há muito afetado as
populações do semiárido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo,
trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um
dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na
manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e
abastecimento.
Considerado
o “rio da unidade nacional”, o Velho Chico, como também é chamado, passa por
regiões de condições climáticas as mais diversas. Em Minas Gerais, que responde
por apenas 37% da sua área total, o São Francisco recebe praticamente todo o
seu deflúvio (cerca de 75%) sendo que nas demais regiões por onde passa o clima
é seco e semiárido.
Soluções
Uma possível solução
para o problema seria a chamada transposição do Rio São Francisco. Consiste em
estender a circulação do "Velho Chico" (cujo leito está, maior parte,
em Minas Gerais, Pernambuco e Bahia) também para os estados do Rio Grande do
Norte, Paraíba e Ceará, além de áreas semiáridas de Alagoas, Pernambuco e
Sergipe. Abastecida pelo rio, a região do Polígono da Seca teria água
suficiente para a agricultura e o consumo individual.
A mais recente versão
dessa ideia é o projeto de Interligação da Bacia do São Francisco com as
Bacias do Nordeste Setentrional, que integra o Programa de
Desenvolvimento Sustentável do Semiárido e da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco, comandado pelo Ministério da Integração Nacional. Orçado em R$ 4,2
bilhões, o projeto prevê a construção de aproximadamente 700 km de canais e
reservatórios, divididos em dois eixos, que abasteceriam o Polígono, aliviando
os efeitos da estiagem. O Exército já se prontificou a ajudar, e o governo se
prepara para iniciar as obras.
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